Livro: Filhos do Éden: Anjos da Morte / Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus / Número de páginas: 590
Desde
eras longínquas, os malakins, anjos estudiosos e sábios, observam em silêncio o
progresso do homem. Mas eis que chega o século XX, e com ele as armas modernas,
a poluição das indústrias, afastando os mortais da natureza divina, alargando
as fronteiras entre o nosso mundo e as sete camadas do céu.
Isolados
no paraíso, incapazes agora de enxergar o planeta, esses anjos solicitaram a
ajuda dos “exilados”, celestiais pacíficos, que havia anos atuavam na terra.
Sua tarefa, a partir de então, seria participar das guerras humanas, de todas
as guerras, para anotar as façanhas militares, os movimentos de tropas, e
depois relatá-los a seus superiores alados.
Sob
o disfarce de soldados comuns, esse grupo esteve presente desde as praias da
Normandia aos campos de extermínio nazistas, das selvas da Indochina ao
declínio da União Soviética. Embora muitos não desejassem matar, foi isso o que
lhes foi ordenado, e o que infelizmente acabaram fazendo.
Repleto de batalhas épicas, magia negra e
personagens fantásticos, Filhos do Éden: Anjos da Morte é também um inquietante
relato sobre o nosso tempo, uma crítica à corrupção dos governos, aos massacres
e extremismos, um alerta para o que nos tornamos e para o que ainda podemos no
tornar.
Começamos o livro com uma
apresentação, e logo na primeira linha temos: “POLVORA, NAPALM, SANGUE E
LÁGRIMAS. SE ME PERGUNTASSEM EM POUCAS Palavras, eu diria que é disso que é
feito este livro.” Realmente, essa é a “receita” de Anjos da Morte. A sim, para
quem não sabe napalm são líquidos inflamáveis à base de gasolina.
Terminei a leitura de Anjos da Morte,
e cara, é o melhor livro do Eduardo rsrsrs, vocês vão dizer – Ah, você fala isso de todos
os livros que tem sequência, que o segundo é melhor que o primeiro, o terceiro
é melhor que seu antecessor e bla bla bla – Realmente, é uma coisa a se levar
em consideração, mas esse livro é diferente dos outros escrito pelo Spohr, é
mais maduro, e também, tem o fato de eu gostar muito de história, ainda mais
essa parte do século XX.
A história te prende do início ao fim,
fiquei num baita dilema, pois eu não queria parar de ler, mas também, não
queria termina-lo. Enquanto lia, sentia que estava do lado dos personagens, quando
a situação ficava tensa, eu também ficava, parecia que estava participando das
guerras.
A narrativa se divide entre o passado
de Denyel e o presente, no caso, a continuação de Herdeiros de Atlântida, isso
me deixou um pouco nervoso no sentido positivo da coisa, porque sempre acontecia
de terminar um capitulo que me deixava louco de curiosidade sobre o que
aconteceria a seguir, aí no próximo, o foco mudava para outro tempo,
personagens, e o mesmo ocorria com este capitulo.
As partes de ação são ótimas,
inclusive teve uma em que o querubim estava enfrentando o Groll, e pode ser só
uma coincidência, mas esse combate lembrou bastante uma luta de Os Cavaleiros
do Zodíaco, em que o Seiya de Pégaso vence o Geki de Urso nas Guerras Galácticas.
Seiya x Geki |
No segundo livro da série Filhos do Éden,
presenciamos todo o processo de “degradação” do Denyel, podemos sentir o seu
sofrimento em ter que fazer coisas que vão contra os princípios básicos de sua
casta. Num todo, o que nós vemos é a “transformação” do querubim em um humano.
- Não sente vertigem? - Curtis o cutucou.- Como?- Não tem medo de cair? - apontou o polegar para baixo.- Não - Denyel exibiu uma garrafinha de Bourbon, que trazia atrelada ao colete. - Tônico da coragem.- Como consegue?- Consigo o quê, tenente?- Beber como um gambá e nunca ficar bêbado?- Impressão sua, chefe - Ele esvaziou o recipiente com um só gole - Na realidade, eu nunca fico sóbrio. (Pag. 260)
Falando dos personagens, além do
Denyel, eu gostei muito do Zac e do Craig, o primeiro é um ofanim na forma de
um labrador, ele tem um jeito simples, não julga ninguém. Na realidade, eu gostei
dos ofanins, eles são o que chamamos de anjos da guarda, essa coisa de não
julgar e sempre aconselhar são características da casta. Já o segundo é o
humano mais próximo de um querubim, pois as suas características são extremamente
parecidas com as da casta em questão. Craig teve um “final” épico, não
imaginava forma melhor.
Ilustrações: André Ramos (Amigo Imaginário) |
- Caí sobre o platô, dá pra acreditar? - Craig surgiu das trevas, o cano da Thompson soltando fumaça - Sou o filho da puta mais sortudo do texas, nasci de novo, decerto... (Pag. 197)
Assim como no volume anterior, este
também tem um apêndice, lá encontramos uma nota histórica, ele explica o que é ficção
e o que é realidade na história. Também tem um playlist, com pequenos
comentários sobre as músicas. Por fim tem a linha do tempo e um glossário.
Comprei o primeiro volume e o segundo, ansioso para quando eles chegarem!!!! Hahahaha.
ResponderExcluirAbraço.
http://partedeminhahistoria.blogspot.com.br/2013/09/resenha-o-heroi-perdido.html
Tenho certeza que você irá gostar dos livros, é muito legal !
ExcluirAbrs
Eu nunca tinha ouvido falar nesse livro, mas pelo que você escreveu ele é ótimo! Amo quando o autor consegue misturar realidade com ficção e ainda envolver seres sobrenaturais, que no caso são anjos!! Parabéns pela postagem e o livro está na minha lista de leitura!!
ResponderExcluirAbrs!
www.utopiaquimera.blogspot.com
Muito obrigado cara, fico feliz que tenha gostado da resenha. Tenho certeza que você irá adorar o livro!
ExcluirAbrs!
Quero muito ler Filhos do Éden!! Li aBdA e fiquei doida com a maneira como Spohr escreve!! Dá orgulho ver que ainda existem ótimos escritores nacionais!!
ResponderExcluirBeijos.
http://cafecomlivroo.blogspot.com.br
Com certeza é muito bom saber que temos ótimos escritores nacionais, como o Spohr, Solano, Draccon, Vianco e outros.
ExcluirBeijos.
sophia é loira
ResponderExcluirsophia é loira
ResponderExcluirsophia é loira
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