Cadê o baiano?

segunda-feira, 17 de março de 2014 |

Em Robocop, o ano é 2028 e o conglomerado multinacional OmniCorp é o centro da tecnologia robótica. Seus aviões teleguiados estão vencendo as guerras norte-americanas ao redor do mundo e agora eles querem levar essa tecnologia para casa. Alex Murphy (Joel Kinnaman) é um marido e pai amoroso, um bom policial, fazendo o seu melhor para conter a onda de criminalidade e corrupção em Detroit. Depois que ele é gravemente ferido em serviço, a OmniCorp utiliza a sua notável ciência robótica para salvar a vida de Alex. Ele retorna às ruas da sua amada cidade com incríveis novas habilidades, mas com questões que um homem comum nunca precisou enfrentar.

Obs: Leia essa resenha ouvindo a música-tema fodástica de Robocop de 1987.


Recentemente, eu assisti Robocop (parte homem, parte máquina, mas todo policial) do brasileiro José Padilha. Confesso que não tinha fé nenhuma nesse filme, mas queria ver porque sou fã da franquia.

Padilha acertou em várias coisas, errou em algumas, mas mesmo esses erros não tira o mérito dele . O que eu mais gostei do filme clássico, o conflito entre homem e máquina, foi mantido nesse, na verdade, é a melhor coisa junto com o traço político. 

O contexto político, como já disse, é fantástico. O filme mostrou o início de um fascismo, logo no começo é mostrado as máquinas em outros países substituindo os policiais, diminuindo consideravelmente a criminalidade e a violência, mas mostrando a criação de um estado totalitário aos poucos, só que esse "poder" vai sendo "administrado" pela OCP, mostrando indícios do corporativismo.


No Robocop de padilha, o conflito homem-máquina, segue um ritmo bem diferente do primeiro filme. No primeiro temos a transformação do Murphy em Robocop, e no decorrer da história, ele vai recuperando a parte humana dele. No filme do diretor brasileiro, o protagonista é transformado, só que a seu lado humano é preservado. Porém, o homem não é perfeito, ele é falho, e isso diminuiu a eficácia que a OCP queria. A partir daí e de outros problemas, começa a transformação completa em máquina, para que depois (seguindo o enredo do filme clássico) ele possa voltar a ser o "Murphy".

Agora, outros grandes destaques, com toda certeza, vão para o Gary Gordon Black Oldman e Samuel L. Jackson, os personagens deles arrebentaram! O primeiro como uma espécie de Dr. Frankensteinn, criando um laço bem legal com o Alex Murphy. O segundo como um apresentador mega sensacionalista e corporativista, no estilo Wagner Montes de ser (traço peculiar do Padilha).


Não gostei do visual "Bope, Batman", achei que a armadura que já tinha poucos detalhes ficou menos detalhada ainda. Simbolicamente, esse novo visual fugiu do conceito da armadura cinza/azulada, que era para ficar mais parecido com o uniforme azul da polícia, e assim a população começar a se adaptar mais facilmente.

O que eu achei que deram muito mole foi em não ter aprofundado mais a relação do Alex com a família, já que a esposa e o filho são fundamentais para o retorno do lado humano dele.

Quando eu estava no cinema vendo o filme, lembro que chegou determinada parte em que eu falo para a Letícia,  "Isso é Robocop!". Falei isso porque estava acostumado a ver ele todo ferrado (metralhado, visor quebrado, braço quebrado e etc), e nesse atual, por ele ser "meio ninja", dificilmente sofria algum dano severo. Então, estava torcendo para que algo do tipo acontecesse.


Bom, é isso ai! Essa é minha humilde opinião fecal. Se gostou comente! Se não gostou comenta do mesmo jeito! E o mais importante, ASSISTA Robocop de José Padilha ;)

O Fantástico tema de Robocop!

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