RPG? O QUE É ISSO??

O que é esse tal de RPG?

Pilotar robôs Gigantes, batalhar com alienígenas, enfrentar poderosos Dragões, lutar contra ninjas possuídos pelo poder dos ursinhos carinhosos... Sim jovem aventureiro, você pode fazer isso sem sair de casa e o melhor, acompanhado de seus valorosos amigos, comendo Pizza e bebendo refrigerante... E não estou falando de Vídeo game, estou falando de RPG. Mas o que é RPG mesmo? Não, não tem nada haver com problemas de coluna, RPG significa ROLE PLAYNG GAME. Traduzindo ao pé da letra seria algo como, jogo de interpretação de personagens, e é exatamente disso que se trata. Interpretar personagens criados pelos jogadores que interagem em um mundo de imaginação, pareceu complexo demais? Então como Jack Estripador... Vamos por partes.

Como se joga esse tal de RPG?

RPG é um jogo coletivo onde um grupo de amigos se reúne para interpretar seus personagens em alguma aventura fictícia, mas essa aventura acontece apenas na imaginação dos mesmos, cada personagem e produzido seguindo regras estabelecidas pelo jogo escolhido, essas regras são chamadas de sistemas. Existem vários sistemas de jogo, entres eles, os mais conhecido no Brasil são: D&D 3.5 e 4.0, DAEMON,GURPS, 3D&T entre outros, essas regras vem em livros chamados manuais. As aventuras são ambientadas em algo que chamamos de cenário, ou melhor, o cenário de campanha, que seria o mundo fictício onde os personagens vivem e realizam suas façanhas heroicas. Normalmente os jogadores são heróis, mas nada impede de interpretarem vilões. Tudo é possível em um jogo de RPG, como na tropa dos lanternas verdes a imaginação é o limite.

Uma informação importante e que costuma causar estranhamento em pessoas que não conhecem o hobby, é que no RPG não existem vencedores ou perdedores, a ideia do jogo (mas não a regra absoluta, vou deixar claro) é que todos cooperem entre si para concluir as aventuras, assim RPG propõe ser um jogo de equipe.

Mas tem que falar?

Essa é a parte interpretativa do jogo, o jogador interpreta as falas de seu personagem, por exemplo, “eu saco minha espada e parto em investida em direção ao vilão”, assim o RPG toma como ponto de referência uma certa teatralidade por parte de seus jogadores, onde cada um vive seu heróis e o interpreta da forma que mais lhe parecer interessante.

Esse tal de Mestre, quem é esse cara?

Dentre os jogadores, um tem uma carga de responsabilidade sobre o jogo, a esse chamamos de Mestre. Ele não é o dono do jogo nem nada, mas cabe ao mesmo controlar o cenário de campanha, colocando desafios aos demais jogadores e narrando a história a ser seguida. O mestre controla todos os outros personagens do cenário de campanha com quem os jogadores interagem durante suas aventuras.

Esses dados em cima da mesa? Pra que isso? É algum jogo de azar?

RPG como já devem ter percebido é um jogo de faz de conta, mas diferente da brincadeira de polícia e ladrão da infância (será que as crianças ainda brincam disso?) que era só gritar “acertei” pra fingir acerta o bandido, no RPG alguns fatos precisam ser tratados com exatidão, por isso o uso dos dados, o resultado de suas rolagens são utilizados em conjunto com modificadores de cada personagem para decidir se ele acertou ou não alguma ação específica dentro do jogo, como pilotar um robô ou acertar um golpe de espada no oponente. Cada sistema de jogo trás regras especificas para o uso dos dados.

E como começou essa besteira?

Mais antigos que os RPGs da vida são os WAR GAMES, jogos de guerra, realizados com batalhas de miniaturas de chumbo, onde cada jogador controla um exercito e cumpre objetivos pré-definidos. O RPG foi uma variação disso, pensado como um complemento dessas batalhas e escrito por Gary Gaygax e Dave Anerson, eis que surge Dungeons & Dragons, o primeiro RPG do mundo, baseava-se em aventuras medievais em mundo de fantasia fantástica, habitado por seres mitológicos. Depois de mais de trinta anos, diversas variações surgiram e hoje existem jogos com todos os tipos de temáticas.

Bom, aventureiros, essa foi a nossa introdução ao mundo do RPG, bem simples e de fácil entendimento, não se deixem levar pelo que possam ver na mídia, aliás esse será o tema do meu próximo artigo, “O RPG na Mídia”, sugestões e criticas são muito bem vindas.